Prefeitura de Goiânia instala grama sintética em aproximadamente 500 metros no canteiro central da Av. Castelo Branco

A Prefeitura de Goiânia iniciou nesta semana a instalação de grama sintética em canteiros centrais de vias da capital. O material já foi colocado em um trecho de cerca de 500 metros da Avenida Castelo Branco, entre as praças Ciro Lisita e Walter Santos, no Setor Coimbra, e também está sendo implantado na Rua 44, no Setor Norte Ferroviário.

Segundo a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), a opção pelo uso do material se deve ao aproveitamento de insumos adquiridos na gestão anterior e ao custo considerado elevado e ineficiente do plantio de grama natural durante o período de estiagem. “A medida foi pontual, aplicada em dois trechos que passaram por alterações recentes e exigiram nova jardinagem”, informou a companhia, em nota.

Na Avenida Castelo Branco, o canteiro já havia sido alterado em março, quando a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) abriu uma terceira faixa na via. O espaço de separação das pistas, que antes tinha 1,8 metro de largura, passou a ter um metro.

O arquiteto e paisagista David Finotti, conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO), avalia que a solução pode reduzir custos de manutenção, mas não considera a melhor escolha diante dos desafios climáticos. “Em termos de manutenção, ela [grama sintética] é mais barata porque não precisa de roçagem ou controle de pragas. Mas também temos que colocar a questão do custo ambiental e climático”, afirmou ao jornal O Popular.

Finotti defendeu que a gestão poderia investir em espécies nativas do Cerrado e em arborização. “Ao invés de estar discutindo colocar grama sintética, poderia estar utilizando elementos nativos e propondo a arborização. Aqui em Goiânia estamos indo ao contrário, utilizando plantas artificiais”, disse.

O especialista também alertou para riscos no período chuvoso, caso a instalação não seja acompanhada de infraestrutura adequada de drenagem.