Campeã do BBB 25, Renata posa como bailarina e faz planos: 'Me vejo como comunicadora'

Renata faz parecer simples cada movimento feito ao posar para este ensaio, mas eles são, na verdade, fruto de 25 anos dedicados à dança, sendo 20 deles de forma ininterrupta. Apesar da dedicação e horas diárias de ensaios, ela precisou de oportunidades, não só para alcançar um nível tão elevado em uma atividade que, como ela diz, beira a perfeição, mas para reescrever sua história indo além do que a vida parecia reservar.

"Quando eu falava que vinha de uma comunidade, já vi as pessoas se surpreenderem com isso"

E as oportunidades que surgem, a bailarina não deixa passar. Ela, que começou a dançar em um projeto social de Fortaleza, o Edisca, que já foi apoiado pelo Criança Esperança, agarrou a chance de participar do BBB 25, até sair campeã da edição. Neste ensaio comemorativo pelos 60 anos da Globo, Renata reflete vida real, enquanto se vê na TV.

Dança como agente transformador

Renata fala de sua trajetória com orgulho e repete quantas vezes for preciso. Quer se fazer entender e passar adiante a importância da dança e tudo que ela transformou em sua trajetória.

A ceareanse começou aos 8 anos de idade, na Edisca, projeto social de Fortaleza, que tem como público-alvo crianças e adolescentes em situação de risco social. Lá, ela ficou 21 anos, entre estudar e trabalhar. Já adulta, cursou a faculdade de Educação Física, através do FIES.

Em sua formação como bailarina, Renata já teve aulas de balé clássico, contemporâneo, técnica moderna, teatro musical e técnicas de circo. “Já dancei muitos espetáculos. Já viajei para o Brasil, já fui para fora do país também para dançar. São muitos anos dançando profissionalmente”.

Ela lembra que a primeira vez que viajou de avião foi para dançar, no Rio de Janeiro. Depois, aos 15 anos, conheceu Nova York, nos Estados Unidos, também selecionada pelo projeto social. E foi com a dança que ela percebeu o “mundo enorme” para além da sua janela.

“Imaginava a minha vida só aqui e aquilo me abriu os olhos para saber que eu podia sonhar e que, de acordo com o que eu me dedicasse, poderia voar longe. Claro que com muita dedicação e com oportunidades também. Porque também não é só querer, a gente pode querer, mas a oportunidade tem de existir para que a gente consiga ir.”

“Estar ali, artisticamente, naquele lugar de evidência, e ver que as pessoas aplaudem você pelo seu talento. Naquele momento, elas param de ver muito essa imagem de que ‘Ah, essa menina é de comunidade’. Não, ela é artista. Está ali fazendo o melhor dela”, reflete.

Planos

Renata e o irmão, Rafael, foram criados pela mãe. Eulália é pedagoga, mas não exerce a profissão. Trabalha como auxiliar administrativo. O apartamento da família fica na comunidade do Barroso, em Fortaleza. Segundo a campeã do BBB, embora seja próprio, é de uma época distante, de quando a mãe tinha mais condições. "É tão antigo, que o documento ainda é em cruzeiros", lembra.

“Uma parte do prêmio vai ser, claro, para honrar minha família. Foi por isso que eu vim aqui, para ajudar a minha mãe a melhorar a qualidade de vida, para que eu tenha um minuto de paz de poder também viver os meus outros sonhos, sabendo que ela está em um lugar seguro, que esteja ali com uma aposentadoria segura, sem tanto perrengue”, garante.

E para seguir prosperando, Renata aposta em um futuro como apresentadora, além de continuar investindo em sua marca de roupas. O trabalho como influenciadora, que ela já fazia com cerca de 20 mil seguidores antes de entrar no Big Brother Brasil, também vai continuar. “Eu me vejo como comunicadora, acredito que isso é uma coisa forte, que eu gosto. Então, a porta que se abrir para isso, será sempre muito bem-vinda”.

No âmbito mais pessoal, Renata, que não esconde sua vaidade e conta que o ambiente de dança deu a ela muitas ferramentas (como aprender a se maquiar), diz que ainda não sabe se, agora milionária, vai investir em mudanças estéticas maiores.

Ela, que já fez botox e preenchimento nos lábios antes do BBB 25, comenta sobre uma possibilidade. “Já pensei em colocar silicone. Tem horas que eu desisto, tem horas que quero de novo. Tenho que pensar com calma. Não sei, talvez”.

Outro ponto em aberto é uma mudança de estado motivada por sua carreira a partir de agora. “Claro que eu amo minha cidade e é onde minha família vai estar, mas se precisar me mudar por um motivo profissional, acredito que isso é supercompreensível. Mas lá nunca vai deixar de ser meu lar, lá nunca vai deixar de ser quem eu sou”. E brinca: “Para tirar esse sotaque aqui, vai ter que ralar muito, viu?”.